Palavra aos pastores

Querido Pastor!

É com grande alegria que compartilho uma reflexão sobre o tema inspirador: "É tempo de florescer". Esta bela metáfora da primavera e do florescer das flores nos convida a meditar sobre a renovação em nossas vidas, como também um renovo em fazer missões.

Assim como a natureza segue suas estações; inverno, primavera, verão e outono, nossas vidas espirituais também passam por diferentes fases. No entanto, é importante lembrar que, após o inverno, a primavera sempre chega. E quando ela chega, traz novas esperanças, oportunidades e um chamado para florescer.

Para que possamos florescer, devemos primeiro preparar o solo. Isso significa permitir que Deus trabalhe em nós e através de nós, fortalecendo o que nos faz prosperar.

Assim como as plantas precisam de água e nutrientes para crescer, nós também precisamos nos alimentar para florescermos. Isso é feito através da oração, leitura da Palavra de Deus, participação e envolvimento em missões, assim sendo encontraremos forças necessárias para florescer.

Nenhuma flor floresce sozinha em um deserto. Da mesma forma, nosso florescimento espiritual está profundamente ligado à nossa fé. A comunhão uns com os outros nos oferece suporte, encorajamento e exemplos vivos de fé e perseverança.

Precisamos responder ao chamado da Grande Comissão, pregar o evangelho a toda criatura. É tempo de fazer missões. Vamos anunciar as boas novas.

É tempo de florescer!

Que permitamos a Deus preparar e nutrir o solo de nossas vidas, para que possamos florescer abundantemente em Seu amor e graça. E que, ao florescermos, possamos ser um reflexo da beleza e do poder transformador de Cristo, trazendo esperança e vida a todos ao nosso redor. Que Deus abençoe cada um de vocês neste maravilhoso tempo de florescer.

Com carinho,

Os desafios de anunciar nesse tempo

Falar sobre o tema proposto sempre me traz uma profunda reflexão, pois nos deparamos constantemente com desafios externos muitas vezes usados como suportes para nossos dificultosos discursos, mas também ao sermos honestos, quando postos diante de um espelho, somos levados a contemplar os obstáculos que por nós foram criados.

Com toda certeza os tempos atuais, com seu secularismo, caminhando para a implantação de uma cultura pós-cristã, se apresentam como uma parede, ainda transponível, para o anúncio do evangelho. De fato, os dias são maus, mas me parece que sempre foram, sempre houve perseguições, proibições, descrédito, heresias, mensagens paralelas como fatores impeditivos a proclamação do que Cristo fez e ensinou, mas na atualidade cresce uma modalidade de entraves por vezes não percebida, desta vez, não do lado de fora, mas dentro da igreja, observamos sem muita reação nosso povo se tornando cada vez menos afeito a missões como uma reação ao que o mundo tem imposto, igrejas que recuaram ao ponto de viverem de fato dentro de quatro paredes como um “corpo estranho” em suas comunidades sendo incapazes de trazer respostas aos desafios destes tempos, tornando-se por isso invisíveis ou irrelevantes aos olhos dos destinatários da mensagem.

Para que o anúncio do evangelho possa romper os obstáculos que lhe são impostos é preciso maior atenção aos desafios externos, mas sem sombra de dúvidas é preciso vencer com urgência os impedimentos que temos internamente e não vejo melhor caminho do que voltarmos aos princípios da igreja, que fiel a sua doutrina, era capaz de debater os assuntos de sua própria época, propor soluções e viver profundamente a missão de maneira a tornar cada crente uma testemunha fiel daquilo que cremos.

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